Avançar para o conteúdo principal
Em leitura: "Lições na História", do aclamado filósofo, historiador, escritor, e vencedor do Prémio Pulitzer, Will Durant. A história é o mapa do carater humano. Para sabermos como vai agir o Homem, temos de conhecer de que forma agiu o Homem. Somos o que somos devido ao nosso passado. E o presente não é mais do que o passado acumulado nesse próprio presente. Neste momento presente. 
Perceber que a grande lição da História é de que o Homem é resistente. E de que a competição é a lei primordial da Humanidade. Como conseguiríamos evoluir se vivessemos sem competir? Um certo grau de competição é necessário, não só para o progresso, mas também para a sobrevivência. E o progresso é um aperfeiçoamento dos meios que usamos para chegar a velhos fins. É possível que o nosso progresso seja apenas um progresso dos meios e não dos fins. Desejamos alcançar as mesmas ambições que tinhamos há dez mil anos, mas através de meios novos e modernos. 
Perceber que não devemos ser otimistas ou pessimistas. Em vez disso, sermos realistas. Aceitarmos que a vida é composta de dificuldades e maravilhas. As dificuldades são o preço natural da existência. As maravilhas são delicias que não merecemos, necessariamente, receber, mas temos de as fazer por merecer.
No fundo, a História não nos ensina: diz-nos. Os humanos são, essencialmente, aquilo que têm sido ao longo dos tempos. O homem muda de hábitos, mas nunca de instintos.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

OBRIGADO, DESIGUALMENTE!

                                       OBRIGADO, DESIGUALMENTE!     E viva as festas. E os jantares de empresa. E os abraços. E os braços dados. E os beijos feitos. E gritem-se os Felizes Natais, e outros desejos que tais. E proclame-se, como diz o povo, um próspero Ano Novo. E ouçam-se, de orelhas arrebitadas, os “obrigado, igualmente”, daqueles que são ditos – e escritos- a seco, em menos de cinco segundos, só porque tem de ser, só porque é de boa eduação responder qualquer coisa quando alguém te deseja…alguma coisa simpática. “Obrigado, igualmente” é o lema dos despachantes, dos “despacha lá isso, que já estou cheio de te ouvir”; reparem nas diferenças de velocidade que distanciam um “Feliz Natal” de um “obrigado, igualmente!”. Então: de um “Feliz Natal” ao “muito obrigado. Fe...

NÃO PÁRA, SIGLA, SIGLA!

NÃO PÁRA, SIGLA, SIGLA!   Sigla por aqui! Por aqui é o caminho, ou deverei dizer: sigla até ao atalho, abrevie o seu esforço, e uma sensação de agilidade garanta, tanto nos dedos (poupa na escrita) como na garganta (poupa na fala); seja como for, poupa e poupa mesmo, e este plano de poupança é infalível, sem juros, entradas, TAEG´s, TAN´s, ou essas tangas que deixam um tipo, verdadeiramente, de tanga.   A siglar é que tanta gente se entende hoje em dia. No fabuloso mundo ocidental os DPF´s, os DO´s, os DRH´S, os CA´s , os CO´s ou os CU´s   , embelezam as portas dos gabinetes, e dão pompa aos organigramas estampados em vitrines. Até as casas de banho são sigladas com um espampanante WC e raramente, ou quase nunca, assinaladas como lavabos ou, simplesmente, com o que elas realmente são: casas de banho.   Tudo o que não seja comunicar em formato reduzido já se torna estranho, quase um léxico extraterrestre. Ora como sempre gostei da pinta do ET (cá está, sigla)...

TU É QUE SABES!

  Tu é que sabes! Tu é que sabes é capaz de ser das coisas mais mesquinhas e cobardolas que se pode dizer a alguém. No mínimo, é atitude que pode potenciar o recurso, no imediato, a dois ou três Valdisperts dirigidos aos neurónios do interlocutor.   Então: temos a pessoa que pergunta a outrem uma opinião sobre determinado assunto; mas uma opinião do género: “achas que a gravata está direita? “. Depois, surge a resposta: pronta, seca e arrogantemente desferida - “tu é que sabes!”. Caramba! Eu é que sei? Então mas se perguntei,   é porque não sei, certo? Qual é a parte do “o que é que achas …?” que não deu para perceber?   No mundo do trabalho, onde Pilatos continua a lavar as mãos, o “tu é que sabes” tornou-se num paradigma. Tudo a bem da sobrevivência e da autoprotecção. A postura de “só sei que nada sei” poderia, à partida, ganhar uma perspectiva tremendamente socrática. Falo do Sócrates, o genuíno, que dizia que a sua sabedoria era limitada à sua própria ignor...