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Mensagens

Há filmes que ficam gravados no consciente e mensagens que marcam uma vida. O que Will Smith diz ao filho em "A Busca da Felicidade", tinha de estar estampado em todos os ensaios de orientação parental. Vou mais longe: estas palavras tinham de ser fixadas nas entradas de todas as salas de aula das escolas: "não deixes que sejam os outros a dizerem o que tens de fazer; se tens um sonho, protege-o; se desejas alguma coisa, vai buscá-la." É este o maior respeito que podemos ter  na vida: o respeito por nós próprios. Concretizar sonhos resume-se a isto: termos um bocadinho de auto-respeito. Sermos fiéis àquilo que nos move, que nos fascina, que nos enche e preenche. As opiniões dos outros nunca são mais importantes do que a nossa opinião sobre nós mesmos. As opiniões dos outros sobre ti não são fatos, são apenas opiniões. Se tens um sonho, protege-o. Como se o sonho fosse uma criança. Abraça o sonho, dá-lhe mimos, sorri para o sonho, ri-te para o sonho, cresce com o so...
Mensagens recentes
Em leitura: "Lições na História", do aclamado filósofo, historiador, escritor, e vencedor do Prémio Pulitzer, Will Durant. A história é o mapa do carater humano. Para sabermos como vai agir o Homem, temos de conhecer de que forma agiu o Homem. Somos o que somos devido ao nosso passado. E o presente não é mais do que o passado acumulado nesse próprio presente. Neste momento presente.  Perceber que a grande lição da História é de que o Homem é resistente. E de que a competição  é a lei primordial da Humanidade. Como conseguiríamos evoluir se vivessemos sem competir? Um certo grau de competição é necessário, não só para o progresso, mas também para a sobrevivência. E o progresso é um aperfeiçoamento dos meios que usamos para chegar a velhos fins. É possível que o nosso progresso seja apenas um progresso dos meios e não dos fins. Desejamos alcançar as mesmas ambições que tinhamos há dez mil anos, mas através de meios novos e modernos.  Perceber que não devemos ser otimi...

ESPELHO DE TI

  Já te viste ao espelho, hoje? Já – realmente - tiveste a curiosidade de quedar-te perante um espelho, hoje? Já, a sério? E o que viste? Deixa-me ser eu a dizer o que viste: um fantasma; um cabrão de um fantasma de ti próprio, um egoísta de primeira; um desamado, que, desalmado, percorre o mundo –há anos- à procura de alguém que o desmame nas práticas do verdadeiro amor; uma alma penada, carregada de uma vida penosa- e peneirosa.   Assim mesmo: uma vivência cheia de peneiras, a trabalhar para o físico, a moldar o aspeto, a querer ser um super-eu, em vez de ser (simplesmente) um EU.   E EU – este EU- em boa verdade te escrevo: recomeça tudo. Volta para a cama, aleita-te (e deleita-te) por uns bons cinco minutos – em total abasia. Respira, inspira, expira -inspira-te. Depois, no primeiro espelho que encontrares, olha-te, descobre-te com um ser jucundo. E beija-te. E abraça-te. E lambe-te. Gosta de ti. Acarinha-te: AMA-TE!   Não é imagem, nem reflexo: és TU- o ...

UMA VERDADE PRENÓSTICA

UMA VERDADE PERNÓSTICA   Isto de dizerem que a crise é a para todos, é uma boa de uma treta; é que eu vejo aí os pernósticos desta vida, tão espevitados e repontões, que andam a engodar aquele e aqueloutro, que só me apetece dar-lhes o fenecimento merecido. É isso: deviam ser celebridades – mas no dia de finados. E acabava-se, de vez, com este flagelo (isso sim: motivo de crise) que é a fama plastificada, adornada com quilos de base, rimel e baton; floreada com as altas costuras de tipos (?) cujos nomes terminam em s: do Augustus ao Magustus, do Gamas ao Tenenentes… e aos Sargentus- é tudo da mesma tropa…fandanga.   A imagem é a lei, a voz de comando para o êxito que julgam ser perene; é uma luta constante, um jogo, uma batalha pelo cosmeticamente atraente. Um verdadeiro pernóstico é, por norma, agnóstico. Acha-se ele próprio um Deus que nada faz (mas tudo tem a receber); é pouco dado a acrósticos ou mesósticos. Para o pernóstico, só há este diagnóstico: pessoas qu...

O ÚLTIMO LANCE

O ÚLTIMO LANCE Imperturbável, claro, assertivo. Olhar frio, distante, mas com a perfeita noção de que estava ali para revelar uma verdade- a sua verdade- perante o mundo -perante a vida. Assumiu tudo – com alguns rodeios (não arrastou pessoas para este confessionário público) -, de consciência declaradamente intranquila. Quando vemos alguém a admitir –alguém que admiramos, ainda por cima, ou que ... nos habituámos a admirar- o que, apenas, se suspeita (e recusamo-nos a acreditar) é o choque: o soco no estômago. E depois a raiva. E depois o ego em toda a sua plenitude: a sensação de engano, o desconforto da mentira, o aperto do logro; e a vontade de julgar, o ímpeto de condenar, o impulso de sentenciar. O de desejar tanto mal que coloca o réu sem outra saída que não seja viver eternamente num homizio. Um homiziado, um foragido, um proscrito. Esquecendo – ou querendo esquecer- que Lance Armstrong é, também, por incrível que pareça, um ser humano. Um ser (como qualquer humano) que ambic...

A DESCOBERTA

                                                     A DESCOBERTA   Descobriu uma caixa cheia de memórias, durante os preparativos para a mudança de casa; memórias de um amor guardado,arrumado-mas não esquecido. Cartas: muitas cartas escritas de vida, aromatizadas de paixão ( sim: ainda cheiravam a ela), lacrimejadas de saudade. Leu-as:todas. Mas uma,em especial, esmagou-lhe o estômago: a carta-a ultima que lhe escreveu-que nunca lhe enviou: "O telefone não toca ... –que terrível ansiedade- e estranho porquê; páro, olho, espero: e não escuto. Já não te ouço, nem vejo, nem abraço, nem leio –uma mensagem pelo menos- nem cheiro. Mas estás em mim: percebe isto! Preciso-te, quero-te, desejo-te; tu –nunca mais ninguém...

HINO AO CO-PILOTO

  HINO AO CO-PILOTO    Dois anos depois, ele descobre que, afinal, a vida nunca foi vida; ou que a vida sempre foi: não vida. Dois anos (vazios, efémeros) a ser conduzido por outros, pelas vontades alheias, ostracizado nas opiniões, a alertar para os obstáculos –mas não a desviá-los; proativo, e nunca ativo: diz, fala, explica, planeia, mas sem tomar o controlo dos acontecimentos: como um co-piloto. Assim mesmo: CO-PILOTO. Hifenizado, desaglutinado, desacordado ortograficamente. E, por isso, aqui e agora, neste momento, o co-piloto jamais será ostracizado; nunca, perderá a sua identidade, o estatuto que adquiriu ao longo dos tempos. Valha-lhe isso: o poder da palavra. Aqui e agora, o co-piloto   será escrito à moda antiga-como nasceu, e como ficou universalmente conhecido.   Chega. Chega do co-piloto ser sempre desvalorizado; chega do co-piloto ser o individuo a quem ser agradece –também. Porquê? Por que razão não é o primeiro na lista de agradecime...